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sábado, 19 de março de 2011

Psicologia e Publicidade

Psicologia da Publicidade
A utilização dos conhecimentos da psicologia na publicidade teve início nos anos 20. Na época buscou-se descobrir como os consumidores elegiam os aspectos mais atraentes de um determinado produto. Para tanto, a publicidade exigiu da psicologia formas de medir a atenção, memorização, enfim, como se dava a percepção dos consumidores sobre os produtos que deveriam ser vendidos. A evolução das pesquisas revelou que os consumidores desejavam produtos ainda não existentes, e isso permitiu o surgimento do marketing. Além de investigar o comportamento do consumo, a psicologia também teve a responsabilidade de criar modos de influenciar esse comportamento.  Nesse momento, além dos processos sensoriais envolvidos no comportamento de consumo, cabia à psicologia avaliar as crenças, tendências e motivações dos consumidores.
Entretanto, Bachmann (2003) aponta que ocorreu uma sensível diminuição da influência da psicologia na área da publicidade. Essa separação se deu, de acordo com a autora, por três principais motivos. O primeiro foi o advento da informática, em que muitos publicitários acreditaram que essa tecnologia poderia ser suficiente para garantir suas comunicações. O segundo fator foi a dicotomia entre publicidade e marketing. Para a autora, enquanto a publicidade visa tornar conhecido um produto, ao marketing apenas interessa vende-lo. O terceiro fator foi a alta dose de intuição inerente a produção publicitária. Alguns publicitários julgaram a intuição, dentro do processo criativo, incapaz de receber contribuições da psicologia. Esses três fatores contribuíram para que a psicologia perdesse espaço nessa área de atuação, o que também acabou tornando esse campo carente de novas pesquisas da psicologia.
 


Tendo em vista que a Publicidade é uma atividade muito influente no modo de viver contemporâneo, principalmente nas culturas mais desenvolvidas, desenvolve-se aqui que esta prática, buscando alianças com o campo da Psicologia e do estudo do comportamento humano, pode atingir seus objetivos mais eficientemente tentando cada vez mais subjetivar e condicionar os indivíduos a determinadas práticas de consumo.

Com uma breve visão histórica: as primeiras tentativas de união entre as áreas de conhecimento citadas ocorreram na necessidade que a Publicidade sentiu de adentrar e explorar o comportamento humano visando o consumismo e a utilização em massa dos produtos que promovia. Com o passar dos anos, principalmente depois da popularização dos meios instantâneos de comunicação como o rádio, a televisão e, posteriormente, o computador, os fazeres publicitários passaram a realizar abordagens mais diretas quanto a necessidade dos indivíduos em consumirem compulsivamente, na tentativa de satisfação de seus desejos. Dessa forma, promovendo uma verdadeira individualização compulsiva das necessidades de consumo. Com esta grande abrangência populacional que os meios de comunicação adquiriram, uma revolução das práticas publicitárias teve início. Cada vez mais a propaganda era voltada ao consumidor individualizado, e à necessidade que este tinha de obter determinado produto, na tentativa de vender um sonho ou uma fantasia. Deixou-se gradativamente de lado a propaganda voltada ao produto com a iniciativa de promover um objeto de qualidade que desbancasse a concorrência por seus verdadeiros atributos. Podemos pensar que, de certa maneira, hoje a propaganda é capaz de suprir a falta de qualidade de um produto justamente por atribuir a este fantasias que alimentam desejos implícitos ao ser humano. Essas manifestações são facilmente observadas, por exemplo, nas propagandas de cigarro, que ao invés de venderem qualidade, vendem o prazer e o sentimento de liberdade que julgam conter em seu produto.

Três pontos básicos são abordados como alicerces na realização deste estudo. Primeiramente, as questões básicas de uma possível “Psicologia da Publicidade”, em que a primeira tenta emprestar seus conhecimentos em função da demanda da segunda. Na tentativa de descobrir como consumidores podem eleger um produto em detrimento de outros, que aspectos um produto deve conter para que atinja o maior número possível de consumidores, e que aspectos da psique podem estar envolvidos na questão da escolha. Também o estudo dos estímulos psicológicos, como a questão do uso de cores com determinadas características que se relacionam com o comportamento humano.

Outro ponto que propõem uma interessante investigação é a relação que a Publicidade, juntamente com a Psicologia, pode se relacionar com o Narcisismo das pessoas (Publicidade e Narcisismo). As maneiras como a produção cultural afeta o indivíduo com fins de dominação e exploração, na tentativa de condicionar os cidadãos a uma determinada realidade. Este ponto pode trazer questões importantes como a busca da realização e da auto-satisfação buscados no ato de consumir, embasados na nova ordem “consumo logo existo” (Melman,...) e na fragilidade do ego, na visão de que  “O consumo dá a ilusão de preencher o vazio interior humano...” quando, na verdade “aprofunda-o ao aumentar sua impotência mediante seus problemas reais.” (Pinheiro, 2005). De certa forma, ao objeto é atribuído um fetichismo por parte do indivíduo, estetizado, recebendo qualidades subjetivas.

Em um terceiro momento, o trabalho trata da publicidade do próprio psicólogo enquanto prestador de um serviço e as maneiras de se promover e realizar a propaganda de seu trabalho. As questões éticas envolvidas e as maneiras corretas de inspirar demandas de trabalho, como todo profissional liberal.

Referências:
BACHAMANN. V. L. A psicologia da publicidade e da propaganda. (...)
CALLIGARIS. C. Cartas a um jovem terapeuta. Reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos. O que fazer para ter mais pacientes. Alegro, 2004.
PINHEIRO. M. C. T. Narcisismo e publicidade: uma análise psicossocial dos ideais de consumo na contemporaneidade. Estudos e Pesquisa em Psicologia. Vol. 5 n. 2. Rio de Janeiro. Dezembro, 2005.
SEVERIANO, M. F. V. Narcisismo e publicidade: uma análise psicossocial dos ideais do consumo na contemporaneidade. São Paulo: Annablume, 2001.

Retirado do Site: http://www6.ufrgs.br/e-psico/etica/temas_atuais/psicologia-e-publicidade-texto.html

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