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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Podemos confiar em pressentimentos?

Vocês já ouviram falar do Implicit Association Test


Trata-se de uma técnica ainda em experimentos, dos laboratórios de Psicologia Social de Harvard.


O princípio é simples: mostra-se fotos de rostos de pessoas por frações de segundos. Em seguida o avaliando deve responder, o mais depressa possível, digitando, questões para determinar se é favorável ou não àquela pessoa. Observou-se que pessoas ditas racistas podem ser identificadas com esse teste, dentre outros resultados...


Pois bem, hoje eu fiz um o meu IAT particular, no vestiário da academia.


Eis meu celular:






Passei a lista de todos os meus contatos, de forma veloz. Tinha menos de 1 segundo para dizer, de cada pessoa na lista, se eu telefonaria para ela ou não para chamar para beber.






Assim como no IAT, o que pude captar eram os comportamentos "mais sinceros" de mim mesmo, digamos assim. Isso porque não houve tempo para esses serem alterados por outros comportamentos, como normas sociais e polidez. 


Dizemos que quem "age sem pensar" está agindo de forma "impulsiva". Mas isso também pode querer dizer que a pessoa está agindo de "maneira honesta" pois cedeu menos a filtros decisórios. P.e., ao invés de ler nome por nome do meu celular e pensar, de cada um, "Chamo ou não chamo para beber?" e racionalizar mil motivos para sim e para não, apenas "segui minha intuição".


O resultado do meu IAT particular foi satisfatório. Descobri, p.e., que um certo amigo que quero muito bem foi rejeitado imediatamente para a tarefa, "Ah, porque ele é um chato quando bebe", deduzi depois de ter decidido, intuitivamente, não convidá-lo pra beber.


Você pode confiar em um pressentimento contanto que você consiga explicá-lo logicamente logo depois de tê-lo.


Agir intuitivamente é simplesmente agir regido pelas contingências de uma forma tal que é difícil descrever com regras, palavras. Às vezes "sentimos" que devemos fazer algo mas não sabemos explicar na hora porque. Esses episódios não devem ser desprezados, pois um pressentimento pode dizer muita coisa sobre nós (Especialmente se se mostrar acertado mais tarde!).

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